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5 de janeiro de 2016

A evolução do livro do cego no Brasil

Foto de um toca fita em cima de um fundo roxo, na parte de baixo estão os logos da fundação Dorina e do Centro de Memória

Em comemoração ao Dia Mundial do Braille (4 de janeiro), destacamos as mudanças pela qual passou a produção e distribuição do braille pelo Brasil durante os 70 anos da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que hoje é reconhecida como a maior gráfica braille em produtividade da América Latina.

A instituição, criada em 1946, nasceu com o intuito de fornecer materiais acessíveis para os cegos brasileiros. Seu embrião foi um grupo de amigas, liderado por Dorina Nowill, que transcrevia livros manualmente, com regletes, fazendo letra por letra. Em 1946, com a instituição oficial da Fundação para o Livro do Cego no Brasil (que mais tarde recebeu o nome de Fundação Dorina Nowill para Cegos), Dona Dorina foi aos Estados Unidos em busca de doações de maquinário para otimizar a produção dos livros para os cegos. As máquinas facilitaram o trabalho, mas não chegam aos pés das 500 mil páginas anuais que a Fundação chegou a produzir nos anos 2000. E esse salto aconteceu graças ao desenvolvimento tecnológico, melhorando a capacidade das impressoras braille, que passaram a imprimir não apenas letras, mas também desenhos.

As novas tecnologias também permitiram criação de gadgets como as linhas braille, que permitem o usuário com deficiência visual ter acesso ao texto de um computador na linguagem desse sistema tátil.

Em 2010, a Fundação Dorina já produzia 30 milhões de páginas em braille por ano. O crescimento da instituição permitiu a troca do maquinário por equipamentos mais atuais, proporcionando a maior difusão da leitura acessível pelo Brasil.