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11 de setembro de 2020

Conheça as 9 principais curiosidades sobre cão-guia

Saiba um pouco mais sobre esses cães inteligentes e adoráveis, que são adestrados especialmente para orientar pessoas com deficiência

Foto de um cão-guia em pé, parado ao lado de seu tutor, que registrado da cintura para baixo. Ele é labrador, tem pelos castanhos e olha para frente. Eles estão em uma praça.

Como diz o ditado, o cão é o melhor amigo do homem. Para pessoas com deficiência essa frase se torna ainda mais verdadeira. Conhece os famosos cães-guias? Eles são cachorros adestrados para conduzir pessoas cegas ou com baixa visão, além de outras deficiências, em suas tarefas rotineiras.

São ótimos companheiros, mas, além de tudo, suas habilidades são um importante recurso para conferir mais autonomia e mobilidade às pessoas com deficiência visual. E a sua fama é tanta, que gera muitas curiosidades. Algumas delas você pode conferir agora!

1 – Quais são as principais características de um cão-guia?

Um cão-guia deve ter, principalmente, espírito de liderança, inteligência, facilidade em aprender e temperamento calmo, além de ser obediente e dócil. Seu tamanho, tipo de pelagem e saudabilidade – que é a qualidade de vida – também são característica que contam pontos, nesse caso.

2 – Qualquer raça pode ser treinada para cão-guia?

A escolha das raças dos cães-guia depende muito da cultura de cada país. O labrador e o golden retriever são as raças mais utilizadas, mas também é possível treinar pastores alemães ou borders. Normalmente são escolhidos cachorros de temperamento dócil e de médio ou grande porte, pois eles precisam ter força para guiar seus humanos.

3 – Como eles são treinados?

Esse trabalho se divide em três etapas fundamentais: socialização, treinamento e instrução. Primeiro, ainda filhote, o cãozinho é adotado por uma família voluntária, que irá ensiná-lo a conviver com os seres humanos e a se movimentar nos mais diversos ambientes.

Na segunda etapa, já com um ano ou um ano e meio, o cão é levado para a escola de adestramento, para aprender o trabalho específico de guia. Ele será ensinado a desviar de obstáculos, a encontrar pontos de referência, a noção de direita e esquerda, além de outros comandos específicos.

Por fim, a própria pessoa que receberá o cão-guia passa por um treinamento com o animal, tanto para estreitar o vínculo entre eles, como para aprender a dar todas as instruções ao seu novo acompanhante. O processo de treinamento é concluído quando o cão tem cerca de dois anos. E, nesse caminho, nem sempre o final é o que todos esperam. Há pessoas que não se adaptam aos cães e o contrário também pode acontecer.

Foto de um cão-guia atravessando a rua ao lado de seu tutor, registrado da cintura para baixo.

4 – Quais são os requisitos para ser uma família voluntária?

As famílias voluntárias exercem papel importante na formação do cão em sua socialização. Serão elas que deverão levar e educar os cães nos mais diversos ambientes como lojas, shoppings, restaurantes, metrô, ônibus, parques, carros, ambientes de estudos e trabalho entre outros. Por isso, é preciso ter mais de 18 anos, gostar de cães, ter paciência, disposição para colaborar e aprender, além de tempo disponível para realizar as atividades de socialização do cão-guia.

5 – Quanto custa um cão-guia?

De acordo com o Instituto Íris, uma das instituições especialistas em cães-guia no Brasil, o custo para preparar e doar um animal é de aproximadamente R$ 35 mil. Devido ao alto custo, o cão-guia ainda é um recurso pouco acessível – atualmente existem menos de 200 cães-guias em atividade no Brasil. O tempo de espera para receber um pode chegar a 3 anos.

6 – Alguém pode pará-los na rua para brincar ou alimentá-los?

Essa é uma questão de segurança, pois o cão pode se desviar do objetivo principal, que é guiar a pessoa com deficiência visual. Por isso, apesar de serem lindos e dóceis, não devemos brincar com o cão-guia, nem oferecer qualquer petisco – inclusive, porque eles seguem uma alimentação recomendada por veterinários. Lembre-se de que ele está a trabalho e não deve se distrair. Na dúvida, pergunte à pessoa com deficiência visual se aquele é um momento adequado para interagir.

7 – O cão-guia pode entrar em qualquer lugar?

Sim! A Lei n° 11.126 (2005) garante que a pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia tem o direito de ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo. Isso inclui restaurantes, táxis ou Uber, ônibus, supermercados e qualquer outro local que proíba a entrada de animais. Portanto, se você presenciar alguém tentando proibir a entrada do bichinho em algum lugar, interfira!

8 – Se o cão-guia está a trabalho, ele pode se aposentar?

Foto de Rudy, cão-guia de um colaborador da Fundação Dorina. Ele é um labrador de cor clara, está sentado olhando de perfil e com um crachá de funcionário da Fundação Dorina, com seu nome e foto.
Esse é o Rudy, o simpático cão-guia do Marcelo Panico, advocacy da Fundação Dorina. E como todo colaborador, ele tem o seu próprio crachá!

Sim, como qualquer trabalhador que merece seu descanso! O tempo de atuação do cão-guia é de cerca de 8 anos. Depois disso, ele se aposenta e pode ficar com seu tutor ou ser adotado por uma família com a qual ele já tenha afinidade, como um parente ou amigo próximo de seu antigo dono.

 

9Um cão pode auxiliar pessoas com outras deficiências, além da visual?

Há muitos outros trabalhos desenvolvidos por cães para ajudar pessoas em todo o mundo. Quando a deficiência é auditiva, eles podem ajudar avisando sobre sons que a pessoa não pode ouvir, como o toque da campainha e do telefone. Existem cães treinados para auxiliar pessoas com deficiências físicas, ajudando-as a entregar e receber coisas, abrir portas e pegar algo no chão, por exemplo. Há também cães treinados para acompanhar pessoas com epilepsia, detectando a proximidade de uma crise e alertando para que seu acompanhante fique em segurança.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre esses queridos amigos caninos? No site do Instituto IRIS você pode obter ainda mais informações a respeito, inclusive se inscrever para obter um cão-guia ou para ser uma família voluntária.