Aos 17 anos, logo após concluir o ensino médio, a jovem Elisangela começou a perceber a perda da visão. Não considerava seu problema tão grave, porém não conseguia encontrar um emprego em que se sentisse confiante para mostrar seu potencial.
Frequentadora do bazar da Fundação Dorina ela entendeu que poderia conhecer na instituição os seus direitos de pessoa com deficiência visual. Foi aí que as coisas começaram a mudar em sua vida. Elisangela foi selecionada para fazer parte do projeto “Incluir para Crescer”, patrocinado pelo Instituto Cooperforte, e iniciou o curso de informática. Muita dedicada, ela fez treinamento com lupas, aprendeu recursos óticos – de acessibilidade que ajudam a usar o computador e conheceu os livros digitais com voz sintetizada e letras ampliadas que auxiliam as pessoas com baixa visão.
Para Elisangela as oficinas de empregabilidade foram fundamentais para se tornar uma pessoa mais confiante. A jovem tímida aprendeu a entender a sua deficiência e se comportar com confiança nas entrevistas de emprego e no conquista dos seus sonhos.
Atualmente Elisangela trabalha no departamento financeiro de uma rede de farmácias. Com a orientação adequada ela soube apresentar na entrevista de emprego seus pontos positivos e capacidades para o trabalho na área. Agora Elisangela quer encontrar uma profissão e voltar a estudar “gosto muito de artes e trabalhos manuais”. Com força de vontade e perseverança está mais cada dia mais forte e preparada para enfrentar os desafios do futuro.