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9 de novembro de 2020

Fundação Dorina, Google e Claro doam smartphones para pessoas cegas

Parceria visa derrubar barreiras de comunicação e ampliar acessibilidade digital para pessoas com deficiência visual atendidas pela instituição

A Fundação Dorina Nowill para Cegos, em parceria com o Google e a Claro, inicia nesta segunda-feira (9/11) a distribuição de 1500 smartphones Moto G9 Play para pessoas com deficiência visual atendidas pela instituição.

O projeto tem o objetivo de eliminar barreiras de comunicação e informação, e promover de forma equânime o acesso ao universo digital, essencial para nossos dias.

 “Nossos produtos e serviços precisam levar em consideração a diversidade e representatividade dos nossos usuários. Esperamos que a parceria com a Fundação Dorina ajude no desenvolvimento das atividades do público atendido pela instituição, contribuindo assim, para aumentar a autonomia nas atividades do dia a dia e nos processos de ensino, aprendizagem, qualificação profissional e entretenimento”, afirma Fabio Coelho, presidente do Google Brasil.

Aparelhos oferecem recursos de acessibilidade essenciais para pessoas com deficiência visual, como leitores de tela

Os aparelhos contam com recursos especiais de acessibilidade e 2 anos de pacote de dados da Claro para que usuários cegos ou com baixa visão tenham autonomia para estudar, se divertir, realizar atendimentos a distância durante a pandemia de Covid-19 ou usar seus app favoritos.

Junto com os celulares, as pessoas também recebem um guia digital explicando todas as funcionalidades do aparelho e seus recursos de acessibilidade.

Autonomia

Michael Miranda do Nascimento tem 25 anos e ficou cego há nove; ‘o smartphone me ajuda muito no dia a dia’

Para Michael Miranda do Nascimento, que ficou cego há nove anos em decorrência de um descolamento da retina, o uso do smartphone é essencial no dia a dia. “Muita gente nem sabe que pessoas cegas podem usar smartphones, mas eles nos dão muita autonomia. Graças a recursos como o Talk Back, que lê todas as informações da tela, eu consigo fazer minhas pesquisas, enviar e receber mensagens, usar as redes sociais e realizar meus atendimentos online na Fundação Dorina ”, diz.

A aposentada Cleide Alves tem baixa visão devido à retinopatia degenerativa; ela usa smartphone para ler livros digitais

Já a enfermeira aposentada Cleide Veiga Alves pretende usar o smartphone novo principalmente para ler seus e-books. “A acessibilidade digital para pessoas com deficiência visual é muito importante, pois nós somos capazes e devemos ser incluídos em tudo! Eu adoro ler, e vou contar com a ajuda das minhas filhas pra aprender a usar todas as funções desse presentão de Natal antecipado!”, conta ela.