Aos 65 anos, o aposentado Valdomiro Pereira de Oliveira sempre teve dificuldade visual. Atualmente, apresenta baixa visão profunda por atrofia de retina. Ainda assim, é uma pessoa ativa, que construiu sua casa e até hoje trabalha em uma agência de empregos.
Com a piora de sua visão residual, Valdomiro procurou um oftalmologista, em Barueri (região metropolitana de São Paulo), que o encaminhou para a Fundação Dorina com a seguinte orientação: “Lá, o senhor vai ter a ajuda que precisa e tenho certeza de que voltará aqui para me dar um abraço pela indicação!”.
Durante o processo de avaliação, adequação e treinamentos dos recursos óticos, sempre manteve a disposição. “Poderei ler a Bíblia novamente, cantar no coro da minha igreja e pegar o ônibus para voltar pra casa, porque, ultimamente, ficava um tempão no ponto até conseguir pegar o danado!”, comemora.
Valdomiro já falou para toda a família sobre o tratamento na instituição, sempre com muito entusiasmo. “Quero muito que minha mãe e meus irmãos conheçam a Fundação”. Ao término das sessões ele sempre se despede com um sorriso e diz: “Realmente voltaria àquele médico de Barueri, pois estou devendo um abraço para ele!”.
Números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final de 2012, mostram que a expectativa de vida ao nascer no Brasil era de 74 anos e 29 dias – um aumento de 3 meses e 22 dias em relação a 2010, quando a expectativa de vida do brasileiro era de 73 anos e 277 dias.
Para o idoso com deficiência visual, os dados significam, também, uma necessidade cada vez mais presente de qualidade de vida. Por isso, trabalhamos para garantir o acesso dessas pessoas em diversas frentes e devolver ou reforçar o sentido de cidadania e de inclusão na sociedade, um direito de todos.