Quando jovem Dinicley morava na cidade de Pederneiras e trabalhava cortando cana em uma lavoura. Com a profissão ameaçada pelas leis ambientais e pela tecnologia, aos 19 anos mudou-se para São Paulo em busca de uma vida melhor e um novo emprego. Chegando aqui, rapidamente ele conseguiu trabalho em uma serralheria. Pouco tempo após começar o novo trabalho, Dinicley perdeu a visão do seu olho esquerdo, consequência de uma doença chamada toxoplasmose.
Mesmo com a visão prejudicada, ele não desanimou e continuou trabalhando. Quando completou 33 anos, perdeu a visão do olho direito, tornando-se totalmente cego.
Bastante abalado com a perda total da visão e com a impossibilidade de continuar exercendo sua profissão, Dinicley acabou se viciando em álcool e outras drogas. Algum tempo depois, conheceu a Fundação Dorina, onde iniciou uma longa caminhada para se tornar independente novamente.
“Na Fundação Dorina, eu aprendi a ler braille, usar a bengala e uma motivação extra para conseguir me livrar do vício na bebida e em outras drogas. Aqui, eu aprendi a ser feliz novamente”, relata Dinicley.
Com boa desenvoltura em trabalhos manuais, Dinicley aprendeu a fazer artesanato. Ele faz bonecas de lã e de vinil e sonha em conseguir se sustentar com o dinheiro que consegue com a venda de seu artesanato.
Livre dos vícios casou-se novamente, acabou de ter seu quinto filho e corre atrás dos seus sonhos para levar sua vida da maneira mais feliz possível!