“As pessoas, muitas vezes, procuram fazer uma curva para chegar ao ponto. Na Fundação Dorina, a gente vai diretamente aonde precisa chegar”.
Apesar de uma gravidez tranqüila, Fabiana teve seu primeiro filho com má formação congênita nos olhos. Já com sete meses, Bruno começou a usar óculos para compensar a baixa visão. “Mesmo pequenino, deixávamos ele tatear, procurar, achar sozinho”, conta ela.
Aos seis anos, Bruno foi para a creche, mas nunca recebeu muita atenção das professoras, que não tinham orientação para lidar com o problema e pouco exigiam dele. Com muito sacrifício financeiro, ele foi colocado em uma escola particular e seu desempenho deslanchou. Depois, o casal conseguiu incluí-lo em um plano de saúde. Ali, uma das médicas indicou a Fundação Dorina Nowill para Cegos para atendimento com psicopedagoga e psicóloga.
Com este auxílio, hoje os pais e professores não deixam que o Bruno use artifícios para enxergar, como a lupa. E, assim, estimulam ao máximo sua pouca visão.
Mas a família, agora acrescida da pequena Helena, passa por sérias dificuldades: o pai Agnello sofreu um sério acidente, que o impossibilita de trabalhar. “Não podemos parar de pagar a escola, nem o convênio. Não sei como fazer!”, desespera-se ele.
Apesar de tudo, Fabiana respira fundo e diz, com a coragem das mães determinadas: “Se dizem que você não é capaz, é aí que você tem de mostrar que consegue”.