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Gustavo Henrique

Gustavo nasceu com baixa visão, mas com a ajuda de sua mãe e professores ele conseguiu se desenvolver.

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Oinc, oinc é o que provavelmente qualquer pessoa que se aproximar de Gustavo vai ouvir assim que conquistar a sua simpatia. Entre uma frase e outra, o divertido menino contrai o nariz, levanta a boca e solta o ronquinho do mesmo jeito engraçado que a sua querida Peppa Pig faz no desenho animado da televisão.

Apesar de tanta vivacidade, Gustavo não vê as coisas como a maioria das pessoas. Ele nasceu com “hipoplasia do nervo óptico”, uma alteração que diminui sensivelmente a acuidade visual e o deixou apenas com 10% da visão.

“O diagnóstico me assustou, claro, e me deixou muito apreensiva. Não tinha a menor ideia de como iria criar o meu filho. Mas, mesmo assim, decidi que iria estimulá-lo ao máximo. Tudo o que eu poderia fazer para que ele se desenvolvesse eu iria fazer e seria a partir daquele exato momento, sem perder nenhum dia, mesmo ele sendo ainda um bebezinho”, conta Izabel, mãe de Gustavo.

O maior desafio para Izabel foi encontrar maneiras para não atrapalhar o desenvolvimento do seu filho. Depois de lutar até encontrar uma creche que aceitasse uma criança com deficiência visual, ela começou a procurar na internet orientações para a educação do filho. Com o trabalho em conjunto entre sua mãe e as professoras, Gustavo conseguiu deixar as fraldas e começou a jogar bola, a brincar no escorregador e a interagir com outras crianças.

No início de 2014, Izabel entrou em contato com a Fundação Dorina, aconselhada por um médico de Gustavo. Pouco tempo depois, mãe e filho foram chamados para darem início ao acompanhamento pedagógico.

“Finalmente, meu filho iria receber acompanhamento especializado e eu e as professoras teríamos as orientações profissionais que tanto buscávamos e precisávamos”.

Desde que começou a ser atendido pela Fundação, Izabel conta que Gustavo ficou mais “soltinho” e muito mais independente. Ele já toma banho sozinho, ajuda em casa e, em breve, vai começar a aprender o braile.

“Tudo o que eu mais sonho é que ele seja um adulto independente. E tudo o que eu puder fazer para ajudá-lo nisso eu vou fazer. Nunca vou tratá-lo como um coitadinho. Ele não é coitadinho. Ele é saudável, é inteligente e vai ser tratado como qualquer criança tem que ser tratada”, expõe Izabel. “E agora que encontramos a Fundação Dorina eu sei que nós não estamos mais sozinhos nessa busca”, comemora a mãe.

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