Pedro nasceu com baixa visão, mas isso nunca foi um empecilho em sua vida. Com menos de 9% da visão no olho esquerdo e 1% no olho direito, ele conseguiu arranjar um emprego, ser independente e levar uma vida plena.
Aos 45 anos, Pedro sofreu um grave atropelamento e teve diversas fraturas. Enquanto se recuperava no hospital, uma medica notou um ponto preto no canto de seu olho onde se encontrava a maior parte de sua visão. Depois de várias tentativas para recuperar o que tinha da visão, Pedro perdeu totalmente a visão devido a forte pressão que atingia o seu olho.
Completamente abalado, ele entrou em depressão e passou meses de cama à base de antidepressivos: “A minha vontade de desistir da vida era tanta, que parecia que eu ia morrer. Eu tinha muito medo de andar, me dava um calafrio, parecia que tinha um leão dentro de mim, eu ia lá perto da avenida e voltava para trás”.
Foi por insistência de uma médica e de uma psicóloga que Pedro buscou auxílio. Conheceu então a Fundação Dorina onde aprendeu a usar a bengala para se locomover e, aos poucos, foi perdendo o medo de encarar a vida e saindo da depressão.
Hoje, com muita fé e força de vontade, Pedro já não tem medo de sair na rua e atravessar avenidas, lê diversos livros e está tentando uma vaga na defensoria pública, com a orientação de uma assistente social da Fundação Dorina.
‘’Eu hoje sou filho da Fundação Dorina Nowill. Foi aqui que eu nasci de novo’’.