Rosimeire Katia da Silva nasceu com retinose e 10% da visão, que foi perdendo ao longo dos anos. Procurou pela primeira vez a Fundação Dorina em 1998, quando tinha 33 anos, para se reabilitar de acordo com seu resíduo visual. Ela aprendeu a ler braille, fez aulas de orientação e mobilidade e conheceu técnicas nas aulas de atividades da vida diária que lhe facilitaram algumas tarefas como se maquiar. Por causa do trabalho, não pôde continuar indo à Fundação com tanta frequência, “mas” diz Rosimeire “ela sempre esteve no meu coração”.
Em 2014, com 50 anos, voltou a procurar a Fundação Dorina porque tinha se aposentado e queria se sentir mais ativa. Então, encontrou o curso de rotinas administrativas, oferecido como um curso de capacitação. Nesse curso, ela recebeu todas as apostilas em formato acessível. Mas não era em braille, e sim em Daisy, o formato digital acessível utilizado pela Fundação Dorina. Ela se deu tão bem com o Daisy que até o recomenda para outras pessoas com deficiência visual.
Na formatura do curso de rotinas administrativas, em junho de 2015, ganhou um dicionário Houaiss no mesmo formato. “Antes, eu dependia da vontade e tempo de uma outra pessoa para ver alguma coisa no dicionário, e agora posso fazer isso sozinha”. A vantagem do livro Daisy é que ele ocupa menos espaço e, para as pessoas que são menos fluentes no braille, é mais rápido ler ou consultar algo. “Sou grata por sempre buscarem meios para facilitar nossa vida. O formato Daisy é muito importante para nós”.