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Patrícia Santos

Amor de mãe é cego.

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Se você a conhecesse, não diria que Patrícia Moraes Santos é mãe de uma filha de 15 anos. Mesmo o retinoblastoma (câncer na retina) ter lhe tirado a visão quando tinha 4 anos, a deficiência visual não lhe roubou a vontade de realizar seus sonhos: estudar, trabalhar e cuidar da sua filha.

Um dos motivos de Patrícia parecer uma mãe tão jovem é que ela realmente foi mãe jovem. Ela teve Letícia com 17 anos, em uma gravidez não planejada mas cheia de novas surpresas. Você imagina quais são os desafios de uma mãe cega? Patrícia conta que enfrentava dificuldades com a falta de acessibilidade dos remédios e antibióticos que às vezes precisava dar para sua filha. Ela tinha duas alternativas: ou os vizinhos a ajudavam ou usava um copo descartável pois assim conseguia ouvir as gotas que caíam.

Outra solução que ela teve de inventar foi na atividade de dar comida para Letícia. Antes, Patrícia batia a sopa no liquidificador e alimentava-a por meio da mamadeira. Em uma ida à pediatra, a mãe de primeira viagem descobriu que ela não poderia continuar dessa forma porque Patrícia precisava estimular a mastigação da filha. E agora? Ela não deixou se abater. “Eu precisava dar dois banhos na Letícia: um depois do almoço e outro depois da janta, porque ela ficava toda suja” conta a mãe, rindo. “Depois de um tempo, ela levava a boca até a colher e isso me ajudou bastante”.

Patrícia enfrentou problemas que parte das mães hoje em dia enfrentam: a dupla, ou até tripla, jornada de trabalho. Ela lutou para criar sua filha, estudar, se especializar e trabalhar. “Quando engravidei, as pessoas diziam que minha vida tinha acabado, e queria mostrar para elas que não” falou ela. Com uma graduação em letras e pós-graduação em gestão de pessoas, Patrícia começou em 2008 como revisora braille na Fundação Dorina Nowill, que lhe deu estabilidade profissional para ela e financeira para sua família.

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