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5 de junho de 2017

Andando pela Reatech 2017

Conferimos as novidades da Reatech 2017, a maior feira de reabilitação da América Latina. A venda de produtos especializados dominou grande parte da exposição voltada para pessoas com deficiência visual.

Descrição da imagem: foto colorida de Marina Yonashiro, da Fundação Dorina, abaixada ao lado de um cão terapêutico, da raça Corgi.  Marina tem traços orientais e cabelos curtos, olha pra frente e sorri. Fim da descrição.

Entre os dias 2 e 4 de junho, São Paulo recebeu a Reatech, maior feira de reabilitação da América Latina. Ela reúne empresas e organizações oferecendo produtos e serviços para pessoas com deficiência, desde cadeiras motorizadas até softwares para tetraplégicos, de scanners de livros a relógios falantes para pessoas cegas e com baixa visão.

A Fundação Dorina não participou presencialmente ou com estande desta edição da feira, mas junto à DNA Editora e Soluções em Acessibilidade, fechou uma parceria com a Cipa Feira Milano, e são apoiadores institucionais da feira. A DNA ainda é responsável pela produção de 100 listas em braille de expositores, além de ser responsável pela transcrição, audiodescrição e materiais acessíveis para os expositores Ultragaz e Consolidar Diversidade.

Segundo Edson Defendi, profissional da Fundação Dorina, e José Diniz, presidente da Associação Pernambucana de Cegos (APEC), a feira estava menor e menos movimentada neste ano, pelo menos para as pessoas com deficiência visual. A ausência delas no dia 2 de junho, quando estivemos cobrindo as novidades, realmente era notável: nos corredores, encontravam-se poucos cães-guia ou bengalas.

Dos seis estandes que visitamos, quatro tinham foco na venda de produtos acessíveis (Ampla Visão, APEC, Laramara e Tecassistiva). Encontramos bengalas do modelo tradicional por R$80 a R$90, bengalas coloridas ou sociais por R$120 e telescópicas por R$230. A Tecassistiva possuía lupas eletrônicas de R$2 mil a R$5 mil. Os relógios custavam de R$160 a R$240, entre modelos para baixa visão, braille e braille falante.

Alguns expositores aproveitaram para baixar o preço dos produtos ou facilitar as formas de pagamento. Na Tecassistiva, por exemplo, o comprador podia adquirir um scanner com voz por três vezes de R$399; no stande da Laramara, o leitor de livros em formato Daisy saía por R$980 (seu preço original é R$2200); na Ampla Visão, você poderia comprar relógios para baixa visão no atacado em que a unidade saía por R$130 (a unidade no varejo é R$160).

Descrição da imagem: foto de Marina lendo um texto em  um monitor com fonte ampliada . Ela está de perfil, com o rosto bem próximo à tela. Fim da descrição.

Descrição da imagem: foto de Marina tateando materiais em braille em um painel vermelho. Ela está de costas e ao seu lado está um dos expositores , que usa terno e gravata. Fim da Descrição.

A Sinal Link organizou seu estande de forma que suas placas de sinalização acessíveis ficassem bem visíveis aos passantes. Isso porque seu valor é fazer sempre uma acessibilidade que seja bela e que encaixe no ambiente proposto. As placas possuíam braille e texturas. Elas eram feitas de acrílico, alumínio ou plástico.

Outros expositores presentes eram o site Vida Mais livre (na qual a Espiral Interativa, agência de comunicação preocupada com a inclusão, também estava), a Terra Eletrônica (com produtos como lupas eletrônicas e Bíblias em formato acessível), e o Instituto Mara Gabrilli.

Há aqueles que também viram na Reatech uma boa oportunidade para aumentar seu banco de talentos. Foi o caso do Bradesco, Ultragás, Aeroporto de Guarulhos e Consolidar Diversidade. As pessoas podiam deixar seus currículos para futuras vagas de trabalho. Esses estandes estavam mais movimentados do que aqueles voltados para produtos e serviços, o que ilustra um pouco o perfil dos visitantes da feira.

Sentimos falta do Instituto Íris, organização especializada em cães-guia.

*Fotos: Ludovico Nitoglia