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2 de outubro de 2019

Diversidade e inclusão na prática: A concepção do projeto Embaixadores

Desenvolvido em parceria com Instituto Cooperforte, projeto Embaixadores da Diversidade reúne jovens com deficiência visual e profissionais de RH

Descrição da imagem: Foto de um grupo de 30 pessoas olhando para a foto e sorrindo. Elas estão dispostas lado a lado e algumas pessoas estão abaixadas na frente.

Em abril deste ano, a Fundação Dorina, em parceria com o Instituto Cooperforte, deu início ao projeto Embaixadores da Diversidade – uma capacitação gratuita sobre diversidade e inclusão no mundo do trabalho para jovens com deficiência visual e profissionais da área de Recursos Humanos.

Com duração de nove meses – sendo seis dedicados às oficinas – e uma proposta inédita, o projeto é considerado um laboratório. Antes, porém, de chegar ao seu final, ele já começou a apresentar resultados surpreendentes. E, como toda boa história merece ser contada, vamos compartilhar os bastidores do projeto e mostrar – enquanto acontece – como ele se torna um sucesso a cada etapa.

Desejo x Necessidade

A proposta do Embaixadores da Diversidade foi pensada no final de 2018, pela área de Empregabilidade da Fundação Dorina, motivada pelo desejo das empresas em obter informação sobre a inclusão de pessoas com deficiência e, também, da necessidade das pessoas atendidas pela organização em encontrar oportunidades de trabalho.

Descrição da imagem: foto de Edson Defendi de pé, ao centro da sala, falando para um grande grupo sentado em roda. Ele está com os braços abertos.
Edson Defendi, coordenador da área de Empregabilidade da Fundação Dorina, conduz atividade do projeto no auditório da instituição

“A nossa causa principal é a inclusão de pessoas com deficiência visual. Mas não podemos esquecer que essas pessoas trazem outros marcadores sociais importantes, como raça, gênero, orientação sexual etc. A partir dessa perspectiva, nossa ideia é trazer à tona os aspectos da diversidade, formando pessoas que levem isso para sua atuação profissional”, explicou Edson Defendi, coordenador da área de Empregabilidade da Fundação Dorina.

Além da capacitação, a intenção também é aproximar os dois públicos para que, ao final do projeto, as empresas possam contratar esses jovens e, juntos, possam construir programas de diversidade nas companhias. “Queremos tentar romper com a prática de seleção das empresas a partir de padrões estabelecidos”, completou Edson.

Feito a muitas mãos

Para fazer a ideia sair do papel, muitas expertises foram somadas, começando pela metodologia do Instituto Cooperforte, que já trabalha com educação cidadã e financeira para jovens e se tornou patrocinador do projeto.

Descrição da imagem: foto de Ivone Santana de pé, falando para cerca de 20 pessoas sentadas, divididas em pequenos grupos.
Projeto tem encontros mensais na Fundação Dorina ou nas próprias empresas parceiras

Ivone Santana, do Instituto Modo Parités, também compõe o time. “Eu achei maluca essa estratégia do programa e por isso mesmo aceitei o convite, porque gosto de desafios”, revelou a consultora de diversidade que trabalha com inclusão social na prática em empresas e pode contribuir com a composição das oficinas do Embaixadores.

Garantir a multidisciplinaridade da equipe foi um passo importante para garantir a construção coletiva e a excelência do projeto, que tinha como primeiros desafios trabalhar com pessoas videntes, cegas e com baixa visão ao mesmo tempo; lidar com a diferença geracional e de repertório entre jovens e líderes de empresas; e garantir o mesmo conteúdo para todos, ao mesmo tempo.

Metodologia pioneira

Para contemplar a disponibilidade de horários de ambos os públicos, foram definidos nove encontros para uma verdadeira imersão sobre diversidade, sendo uma ou duas vezes ao mês. Em cada encontro é trabalhado uma temática, tal como viés inconsciente, consciência da identidade enquanto pessoa com deficiência, consciência do que é representatividade e do que é diversidade, entre outras.

Outro fator importante para construção do projeto foi pensar o sistema de rodízio, na qual cada dia de atividade acontece num local diferente, seja na Fundação ou nos espaços das empresas participantes. “Esse sistema é fundamental para que os jovens vivenciem espaços, rotinas e culturas diferentes, das quais muitos não teriam contato. Então, estamos dando a eles mais repertório, mais segurança e elementos para se prepararem enquanto profissionais”, explicou Ivone.

Descrição da imagem: foto de quatro participantes do projeto sentados em roda, manuseando peças de Lego. Dois deles sorriem. Ao fundo há outros grupos em atividade e um homem de pé.
Participantes realizam atividade com peças de Lego em um dos encontros do projeto

“Para as empresas também é muito bom, porque recebendo um evento desse elas mudam a mentalidade em relação a acessibilidade e tantas outras questões. Quem já recebeu o grupo conta que foi gratificante”, completou a consultora.

Quer saber quais empresas foram escolhidas para o Embaixadores da Diversidade e como aconteceu a seleção dos 20 jovens? Acompanhe a nossa série Diversidade e Inclusão na Prática!