A Fundação Dorina Nowill para Cegos, organização com 75 anos de atuação na promoção da autonomia e inclusão de pessoas cegas e com baixa visão e uma das principais fontes de produção e distribuição de livros em formatos acessíveis, entre eles, livros em braille vem, por meio deste comunicado, esclarecer o seu posicionamento a favor da inclusão de acessibilidade, por meio do Sistema Braille, em etiquetas de precificação de produtos no comércio, ao contrário da citação em audiência pública realizada na segunda-feira, 5 de julho de 2021. pela Câmara dos Deputados para debater o Projeto de lei de número 11.068/2018, sobre os preços em braille.
No Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm deficiência visual (cegueira ou baixa visão) e a atuação pelo direito de acesso à informação, educação e à autonomia de escolha por parte de todas e todos é um dos direcionadores do trabalho realizado por esta instituição há mais de sete décadas.
Reconhecemos a importância do avanço tecnológico para que mais pessoas possam acessar informações, mas reforçamos, mais uma vez, a importância fundamental do Braille como único sistema natural e universal de escrita e leitura das pessoas cegas e, portanto, como garantia de acesso à educação e informação como sujeitos de direitos com autonomia e liberdade de escolha.
Alexandre Munck – Superintendente executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos