Ator e especialista em marketing trazem dicas para pessoas com deficiência visual que possuem ou desejam abrir seu próprio negócio
No último mês, a Fundação Dorina recebeu a visita da professora e voluntária da Fundação, Célia Braz, e do ator Renato Ribeiro, mais conhecido pela interpretação de personagens como o Boneco Melocoton e o rato Xaropinho, no SBT. As palestras fizeram parte de uma programação de atividades sobre empreendedorismo para pessoas com deficiência visual.
Mestre em administração pela PUC/SP e especialista em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Célia abordou em sua palestra o conceito e a evolução histórica do empreendedorismo, e ainda dados sobre empreendedores no Brasil e no mundo.
Renato Ribeiro possui outras duas empresas, além do trabalho na TV: a PazCientes, que busca amenizar o sofrimento de pessoas em fase terminal, e a Love My Job, voltada ao treinamento motivacional para o mundo corporativo. “Eu queria usar a figura do palhaço para transformar a vida das pessoas, então decidi sair da televisão e empreender”, conta.
O palestrante listou três requisitos que um empreendedor deve ter para abrir seu próprio negócio: visão de negócios, gostar de correr riscos e iniciativa para aproveitar as oportunidades. “O empreendedor precisa sentir que existe uma necessidade e oferecer uma solução para ela. Quanto mais pessoas forem contempladas por essa solução, maior será o retorno”, explica.
Para a cliente Claudenir Assis de Alcântara, 46, que perdeu a visão por conta da diabetes, a palestra de Ribeiro complementa a que ela assistiu na Feira do Empreendedor do Sebrae-SP. “Saí da palestra muito motivada e com esperança de conseguir empreender. A cegueira não me impede de realizar os meus sonhos”, diz. Ela pretende abrir um negócio de salgados e doces com o marido.
Autonomia
A excursão à Feira do Sebrae e as palestras de Célia Braz e Renato Ribeiro foram ações que a Fundação Dorina promoveu no mês de abril voltadas ao universo do empreendedorismo para as pessoas cegas ou com baixa visão. “As atividades geraram muito entusiasmo nos alunos e demonstraram a ânsia que eles têm de conhecimento. Eventos como esses são muito importantes para estimular a autonomia da pessoa com deficiência visual”, afirma a assessora de desenvolvimento profissional da Fundação Dorina, Fernanda Andrade.