A contabilista Andrea Cristina, 42 anos, primogênita de três irmãs, trabalhou em sua área de formação até o ano 2000, vindo a perder boa parte da visão em consequência de uma retinopatia diabética. Mas esse fato, no entanto, não a impediu de continuar a ter uma vida independente.
No ano seguinte, Andrea veio até a Fundação Dorina em busca de auxílio. Aqui chegando, deu início a um programa de reabilitação. Paralelamente, começou a estudar braille, inglês e fez ainda curso técnico de massoterapia. Após sua reabilitação, ela começou a trabalhar como massoterapeuta.
Em 2006, casou-se com o namorado, também deficiente visual, atualmente funcionário da área de informática do Banco Bradesco. Há cerca de dois anos, Andrea perdeu o resíduo visual que tinha. Passou a se sentir insegura e ansiosa, sem a autoconfiança necessária para sair sozinha de casa e até mesmo para trabalhar.
Novamente Andrea procurou a Fundação, dessa vez com o intuito de buscar orientação e apoio para essa sua nova condição visual. Após receber todo o apoio necessário, Andrea voltou a trabalhar e atualmente tem uma vida social ativa, frequenta shows (especialmente do “Roupa Nova”, do qual é fã incondicional), lê livros e passeia sempre com seus familiares. Além de tudo isso, ela começou a fazer artesanato e integra, como voluntária, um grupo de estudos sobre diabetes mellitus, no Hospital das Clinicas de São Paulo. “Quero muito me aprimorar no inglês e fazer faculdade de Letras”, planeja.