Beatriz Menezes tem 20 anos e frequenta a Fundação há apenas um, mas muita coisa já mudou em sua vida. Ela perdeu parcialmente a visão aos 8 meses devido ao glaucoma e à catarata. Depois de passar por muitas cirurgias para tentar manter e recuperar o sentido, ela ficou cega de um olho e possui 10% de visão do outro.
Beatriz enfrentou um período difícil após encerrar o Ensino Médio. As dúvidas profissionais e pessoais que qualquer pessoa dessa idade encara se somaram à discriminação e ao preconceito. Beatriz descreve esse período da seguinte forma: “Não aguentei mais o bullying e entrei em depressão.”
Preocupada com o estado de espírito da neta, sua avó procurou ajuda e encontrou a Fundação Dorina. A primeira atividade dela foi no Desenvolvendo Talentos, grupo que incentiva jovens a descobrirem suas vocações e gostos por meio do teatro. Lá foi só o início de vários grupos de que ela participaria na Fundação Dorina. “Foi por meio desse grupo que eu consegui me soltar, me libertar”, afirma Beatriz. Foi lá que conheceu seu melhor amigo, Edson, que lhe ajudou em momentos difíceis. Além de se encontrar na Fundação, eles adoram comer no Subway e andar pelo shopping. Beatriz sente que se tornou uma pessoa mais simpática e extrovertida, o que proporcionou vários amigos que lhe apoiaram. “Eu não tenho só amigos, tenho uma família” afirma, alegre.
Agora, ela planeja fazer faculdade de publicidade e, por meio da sua profissão, começar a mudar o mundo: “Depois da Fundação, eu achei meu objetivo. Agora, tenho muitos amigos, amigos que vou levar para o resto da minha vida”.