Dirce de Fátima Machado Peregrino é uma senhora muito animada. Hoje quem a vê não imagina toda sua trajetória antes de chegar até a Fundação Dorina.
Dirce teve uma infância comum, cheia de brincadeiras e diversão. Ela só descobriu que não enxergava bem quando entrou na escola, por conta de não enxergar bem a lousa e as fisionomias dos colegas. Ainda assim, demorou a aceitar, pois achava que os primos e amigos, com quem brincava todos os dias, enxergavam da mesma maneira que ela.
Dirce descobriu ser baixa visão. Isso não foi impedimento para realizar seu maior sonho: casar. Em 1985, ela se casou e dois anos depois teve sua filha.
Quando a filha era recém-nascida, Dirce usava um óculos que a ajudava muito pouco, segundo ela, ‘só ajudava a enxergar de um jeito mais claro’. Esse óculos se quebrou e Dirce passou 15 dias sem enxergar absolutamente nada, nem a filha que ela tanto queria ver.
A partir deste momento, Dirce reconheceu que estava perdendo a visão, mas somente anos depois veio em busca de auxílio na Fundação Dorina, onde retomou sua vida e aprendeu a ter independência por meio de suas aulas de reabilitação, atividades da vida diária, entre outras.
Dirce conta que ainda tem dois grandes sonhos a realizar: saltar de asa delta e andar de balão. E alguém duvida que ela não conseguirá realizar?