Foi a pergunta que Rubens, pai de Enzo, se fez quando descobriu que o filho tinha deficiência visual.
Ana Paula sempre quis ser mãe e a gestação corria muito bem quando, no 6º mês, descobriu um problema grave no útero que podia pôr em risco a vida do bebê. Por isso, agendou uma cesariana as pressas.
Apesar da apreensão, Enzo nasceu com vida, mas como era prematuro, foi imediatamente incubado e ficou assim por mais de 4 meses. Nesse período internado, foi diagnosticado com Síndrome de West – forma grave de epilepsia em crianças -, hidrocefalia e retinopatia da prematuridade, que são lesões na retina ocular que o fazem enxergar somente vultos.
Quando Ana e Rubens souberam da deficiência do filho, tiveram reações diferentes. O pai tinha muita resistência a ouvir que o filho era cego: “Ficava olhando os filhos de outras pessoas e perguntava para mim mesmo: Puxa, por que justamente com meu filho?”. “Já eu sofri muito, mas encarei o problema”, disse a mãe.
Enzo passou por cirurgias no Hospital São Paulo, onde sugeriram aos pais que procurassem a Fundação Dorina e assim que foi inscrito aqui, nossa equipe já deu início ao tratamento fisioterápico e em pouco tempo começará o de estimulação visual. “A Fundação Dorina fez muita diferença na vida dele. Está mais esperto, já se equilibra, mantém as perninhas rígidas e tenho certeza de que logo dará os primeiros passinhos”, comemorou Ana.
“Queremos é que nosso filho seja independente e saudável. Queremos, acima de tudo, que ele seja muito feliz”, disse a mãe. “Ah, e ele vai ser”, completou Rubens.