Tudo começou em junho de 2015, quando Juliana tirou Felipe pra dançar em uma festa de confraternização na Fundação Dorina. Na época, ele fazia o curso de massoterapia e ela estava terminando o processo de reabilitação para se locomover com autonomia e segurança.
Mas se engana quem pensa que a moça estava interessada (é o que ela diz, pelo menos). “Na verdade eu só queria despistar um outro colega que estava me paquerando e queria dançar comigo”, explica.
Os dois só voltaram a se falar três meses depois, quando foram convidados para trabalharem juntos em um evento (ambos são massoterapeutas). Ela não pôde ir, mas aproveitou a deixa para retomar o papo dias depois: “Já que você foi sozinho, então pode me pagar um almoço!”, brincou. Era a desculpa que eles precisavam para se conhecer melhor!
O namoro começou mesmo em dezembro daquele ano, na festa de final de ano da Fundação Dorina. Hoje, apesar de ainda haver poucas opções de lazer acessíveis para pessoas com deficiência visual, o casal já tem seus lugares preferidos para passar o tempo e namorar em São Paulo, como os parques da Água Branca e Villa-Lobos, na zona oeste da capital. Além disso, os dois ainda fazem pilates e dança de salão toda semana!
Xô, preconceito!
Às vezes Felipe e Juliana têm de lidar com perguntas constrangedoras de quem ainda não entende que dois jovens com deficiência visual podem namorar como qualquer outra pessoa, mas nada que abale o bom humor do casal. “Outro dia uma vendedora perguntou se eu era pai da Juliana, e eu sou só um ano mais velho que ela!”, conta Felipe.
Apesar de tudo, Juliana e Felipe enfrentam os obstáculos com muito companheirismo e alegria! A família e os amigos dão o maior apoio ao namoro deles. E nós, é claro, ficamos muito felizes por sermos o cupido dessa união!