Gustavo é um ótimo exemplo de superação! Ele nasceu com catarata e glaucoma que o fizeram perder a visão. Hoje mantém apenas um resíduo visual no olho direito, mas isso não o impediu de correr atrás do seu sonho.
Muito esforçado, com 18 anos Gustavo decidiu que faria faculdade, passou nos vestibulares de duas ótimas universidades e começou a cursar jornalismo na ESPM.
Quando começou a faculdade sentiu a necessidade de andar sozinho e percebeu que precisaria fazer aulas para aprender a se locomover com segurança, mas as particulares eram muito caras, por isso postergou o início da reabilitação.
Um dia, no ônibus com um amigo, Gustavo encontrou a professora de mobilidade aqui da Fundação Dorina, Carol. “Quando encontrei a professora de mobilidade no ônibus, pensei: só pode ser um sinal (risos)”.
Com o incentivo da professora, do amigo e da família, Gustavo começou, há um ano, aulas de mobilidade para aprender a usar a bengala, pegar metrô e andar sozinho com segurança.
“No começo eu tinha vergonha de pedir para alguém na rua me ajudar a atravessar, mas fui aprendendo e hoje vou e volto sozinho da faculdade.”
Para Gustavo, a Fundação Dorina teve um papel muito importante no processo de adaptação à faculdade, não só pelas aulas de mobilidade, mas pela orientação que demos à ESPM. A universidade foi muito receptiva e se adaptou. Já no vestibular, disponibilizou um ledor para acompanhar Gustavo, instalou piso tátil e sinalização em braille e fornece todos os livros do semestre digitalizados para que Gustavo consiga estudar usando o leitor de tela.
Hoje, Gustavo e mais dois amigos fazem um programa de rádio chamado “Programa Zuada”, que é transmitido por 18 rádios de todo o Brasil e essa é uma realização pessoal muito grande para o apaixonado por jornalismo.
“Consegui ter uma autoconfiança maior e a Fundação Dorina foi fundamental nesse processo.”