Clique no player abaixo para ouvir o depoimento da Isabella com recursos sonoros especiais ou leia o texto na íntegra logo em seguida!
“Meu nome é Isabella, tenho 25 anos, sou deficiente visual, formada em pedagogia, e atualmente trabalho em uma escola como Auxiliar de Biblioteca.
Quando eu terminei a faculdade, foi difícil entrar no mercado de trabalho. Eu demorei 2 anos para conseguir esse primeiro trabalho, que é onde estou hoje.
Na verdade, eles me perguntaram: você tem interesse na vaga de auxiliar de ensino? Aí eu falei que sim, com certeza! Eles falaram : você foi muito bem na entrevista e foi selecionada, você aceita?
Eu tentei segurar minha emoção no telefone e falei para ele que aceitava, que estava muito feliz e grata pela oportunidade, porque eu sabia que o colégio nunca tinha trabalhado com pessoas com deficiência visual.
Ser professora para mim não é apenas ensinar, mas é uma troca, da relação ensino-aprendizagem. Você precisa aprender a aprender, para aprender a ensinar. Eu imagino que quando realizar meu sonho de ser professora, aprenderei muito mais do que vou ensinar.
A Dona Dorina, para mim e acredito que para muitas pessoas com deficiência visual, é um símbolo de superação, porque ela sempre teve garra, determinação, força, teve com certeza seus momentos de insegurança, de medo, como todo o mundo, mas não deixou que esses medos a paralisassem. Então ela é um símbolo de esperança e superação, acredito que para todos”
Dorina 100 anos
Esta é uma das 13 histórias que ilustram o Calendário Acessível 2019 da Fundação Dorina, que celebra o centenário de sua fundadora. Dorina Nowill faria 100 anos no dia 28 de maio de 2019.
Hoje, a instituição que leva seu nome oferece atendimento gratuito nas áreas de Reabilitação, Educação Inclusiva e Empregabilidade para milhares de pessoas cegas ou com baixa visão, além de possuir uma das maiores gráficas braille do mundo.