Confira como foi feita a seleção dos jovens com deficiência visual e profissionais de RH das empresas no projeto Embaixadores da Diversidade
O projeto Embaixadores da Diversidade, promovido pela Fundação Dorina e patrocinado pelo Instituto Cooperforte, reúne jovens e profissionais de RH para, juntos, refletirem e se apropriarem de temas relacionados à diversidade e inclusão. Falamos em detalhes sobre o conceito do projeto na primeira matéria da série. Você pode acessá-la aqui!
Mas, como aconteceu a seleção dos 20 jovens integrantes do projeto? E como foram escolhidas as onze grandes empresas que, hoje, têm o compromisso de empregar essa turma? Te contamos agora!
Seleção das empresas
“A gente fez uma divulgação grande e esperou ver quem procuraria. Para nossa surpresa, tivemos uma procura grande, com uma lista de espera de 45 empresas, das quais selecionaríamos apenas onze para este projeto que foi entendido como laboratório e uma nova experiência, tendo em vista o ineditismo do projeto”, revelou Edson Defendi, coordenador da área de Empregabilidade da Fundação Dorina.
Ivone Santana, consultora em diversidade do Instituto Modo Parités, parceira e responsável pela elaboração de conteúdo do projeto, explicou que, para o RH, é fundamental estar aberto para estabelecer contato com pessoas diferentes. Desse modo, eles enxergaram como valiosa essa oportunidade de convivência, de verem que existem competências, aptidões e personalidades para além da deficiência. “A proposta que estamos levando para o RH é que um ambiente corporativo homogêneo não é saudável”, completou Ivone.
Com a grande demanda, a equipe do projeto começou a entender o momento de cada empresa, ou seja, quais delas já tinham algum programa de inclusão e quais ainda não tinham. Até que decidiram mesclar a escolha dos gestores, a partir dos compromissos de participação no projeto, mudança organizacional e contratação dos jovens.
As empresas selecionadas foram Vivo, Atento, METLIFE, Tecnopark, JLL, Tozzini Freire, Transunion, Maurício de Souza Produções, Amil (UGH), Faber Castell e GETNET. Quem as representa são seus líderes da área do RH e, assim como os jovens, eles também participam do projeto de forma gratuita.
“Para nós, foi bem importante ter no curso empresas de diversos segmentos, porte e faturamento, porque isso chamou a atenção dos jovens. Eles entenderam que estar nesse espaço poderia haver uma troca significativa e, ainda, abrir uma oportunidade de trabalho para eles”, completou Edson.
Seleção dos jovens
Da parte dos jovens também houve uma procura grande, “mesmo não entendendo muito bem qual conteúdo eles teriam, mas sabiam que seria um plus para sua carreira e formação, independente da área de atuação”, explicou o coordenador do projeto.
Foram 40 entrevistados de 18 a 29 anos, para 20 vagas disponíveis. Segundo Rosângela Lourenço, assistente social e parceira do projeto para a seleção, as entrevistas foram bem demoradas e baseadas em muitas informações para entender quem conseguiria se adequar a um processo longo, mesmo com suas necessidades imediatas de trabalho.
“Tínhamos que ser muito assertivos e encarar um grande desafio de coibir a evasão, a desistência, o desânimo e a pressão. Começamos um trabalho de visitas domiciliares e atendimentos individuais, para entender o contexto social de cada jovem e trabalhar a importância de eles se colocarem enquanto cidadãos, de entenderem o sigilo, de serem respeitados dentro da sua escolha, etc.”, explicou Rosângela.
E, segundo ela, a equipe ficou muito feliz por perceber que acertaram na escolha dos jovens. Eles participam ativamente das atividades, não tem problemas de presença e até quatro deles já foram contratados, mesmo antes da conclusão do curso.
Quer saber como isso aconteceu e quais outros resultados surpreendentes o projeto já obteve? Fique ligado na nossa série Diversidade e Inclusão na Prática!